#SOA_005 | e os outros?

o mergulho da criação através do olhar alheio pode ser ainda mais profundo.

O olhar do outro me importa, me cativa, me apaixona — e, claro, me amedronta. Através dele, podemos sair da solidão criativa e convidar o outro para a interação, o que pode ser essencial para o processo, em vez de destrutivo.

Nem sempre o que falamos é o que o outro ouve. Aprendemos novas linguagens, novas formas de arte e até a moldar nossos projetos. Ao nos abrirmos às percepções externas, damos espaço para que o outro se envolva não apenas nos nossos sonhos, mas também nos nossos problemas. Ser curiosamente aberta ao ouvido do outro pode permitir que ele venha dançar com você um novo balanço, onde encontrar um ritmo em conjunto pode ser tão prazeroso quanto, ou até mais.

Foto do trabalho do artista Yinka Shonibare, Butterfly Kid (Girl) IV, 2017

A dança do eu com você

Quem me conhece sabe o quanto pareço estar nua diante do outro — sempre falando, sempre dividindo. O outro me diverte, instiga e apaixona. Sou genuinamente curiosa pelo outro e, às vezes, infelizmente, mais pelo olhar do o…