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#SOA_041 | o drible é nosso
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#SOA_041 | o drible é nosso

futebol, arte, identidade e que feminismo é esse que basta ser mulher?

Entre os mitos da sororidade e do “é possível”, vamos navegar na carta de hoje.

☀️ Piada do verão europeu?

Tenho visto a trend de postagens do povo nas redes aproveitando o verão europeu com a frase: “Como estar atrasado na sua vida se a vida é só sua?”

Genty, é piada isso?

Somos datadamente frutos do sistema da duplinha: colonialismo + capitalismo.
A lista do COMO é tão gigante que qualquer fada sensata pode responder o "como" com as suas próprias tarefas e ainda colocar etarismo, biologia, gênero, raça e classe no combinho da alegria para o desespero dos que se agarram em soluções simples para questões complexas.

E coisa aqui são OBRIGAÇÕES, não desejos. Mas também se sentir atrasado em seus sonhos e desejos não é o fim do mundo, vem cá, me dá um abraço, vem :)

Essa semana eu precisava de esperança.
E fui à minha fonte: pagode, futebol e, graças às deusas: CALOR.

Eu crio sentidos de vida em gerúndio: indo, inventando, negociando, driblando, batendo de frente. Ou mesmo, aparentemente, me adequando ao “projeto”, só pra continuar vivendo. Construindo sentido e vidas às margens, nas frestas, nas brechas. Costurando escapes, semana por semana.

É espantoso, impactante e bonito.

Parece um paradoxo, mas ser assombrada pelo coletivo e suas representações nacionais — samba, pagode, futebol, carnaval — é mais do que um gosto simbólico de inserção em multidões.
São as tais micro-reinvenções cotidianas de potência.

Sábado (28/07) o Viva o Samba em Lisboa trouxe o Jorge Aragão pra tocar.
Domingo, jogo belíssimo e sofrido do Mengão no Mundial dos Clubes.Como não acordar segunda atordoada, suando, tirando os casacos pra lavar?
Sim, amigos: os edredons secam em 10 minutinhos. Que alegria o SOL!

E assim, embalada pelo bater dos meus casacos limpinhos, empacotados a vácuo até o próximo inverno, me embebi também de Luiz Antonio Simas (mais uma vez), como historiador poeta desses sentires cariocas e “detalhes tão pequenos” de resistência.

caption...

🎯 Detalhes pequenos, mas não menos políticos

Li uma newsletter aqui, de um gringo super popstar, com o tema:
“Uma obra de arte é a soma de pequenos detalhes”.
Não consegui ler. A assinatura é 30 euros. Fiquei só com o título e vim projetar na minha sobre isso. Quais são os meus detalhes?

Sou do Rio de Janeiro, marcada pelo subúrbio, sombra de amendoeiras que quebram as calçadas e causam caos pras donas de casa.

“Se toda diáspora dispersa, aniquila, fragmenta, sequestra identidades e representa, no fim das contas, a possibilidade de morte física e simbólica — toda cultura diaspórica opera na reconstrução daquilo que foi aniquilado.
Não existe cultura diaspórica, por exemplo, que não seja COLETIVA
.”
— Luiz Antonio Simas1

Mas que diabos seria “Cultura Diaspórica”? O termo "diáspora" deriva do grego e significa "dispersão" ou "espalhamento". Assim, as comunidades diaspóricas são grupos de pessoas com laços culturais e históricos em comum que se encontram dispersos em diferentes regiões do mundo. Famoso imigrantes, e povos nômades forçados ou não a imigrar.

A cultura diaspórica envolve a manutenção de elementos da cultura original, como forma de sobreviver e pertencer que carregam: língua, religião, culinária, música. A diáspora africana, a diáspora judaica e a diáspora europeia são exemplos de movimentos populacionais que deram origem a culturas diaspóricas distintas e aqui em Portugal temos um grande movimento de cultura diaspórica brasileira — e como o Brasil é grande e complexo o movimento chega aqui igual que nem, são muitas diásporas em um pequeno metro quadrado.

Se somos artistas da cultura diaspórica, vamos dar atenção a esses detalhes tão pequenos de nós dois?

⚽ Futebol, samba e imigração

O Flamengo, por exemplo, meu querido time, passado de avô para tia e de tia para mim, é uma grande cultura diaspórica. Tem Fla-Washington, Fla-Ceará — não é à toa: é a maior torcida do mundo que se espalha.
“Vou festejar” só ecoa em mim com o coro da torcida no Maracanã.
E com essa lembrança, reconstruo minha vida a partir do sentido de coletividade.

Essas culturas não são apenas culturas de resistência.
Segundo Simas, resistir é reagir ao que o outro impõe.

O que fazemos é mais.
São culturas de invenção.
Elaboramos modos inventivos de vida que o outro nem entende.

🎶 Lisbolha: onde é a roda?

Reparem nas movimentações das rodas de samba em Lisboa.
Cadê a roda que era aqui? A CML comeu? Como é díficil não ser obrigado a transicionar territórios.

O samba, no conceito do autor, é um ritmo, uma coreografia, um gênero musical e também, é no samba, porque dentro dele que se agrupam significados de como dançamos, brincamos, comemos, nossos ritos de espiritualidade, como lamentamos a morte é assim um sistema de construção de sentido de vida.

Perdemos espaço, ganhamos outros, mas agora: ingressos caros, cerveja a 8€, artistas no microfone explicando o óbvio: o que é uma roda de samba? A quem pertence? Textões necessariamente militantes acoplados a venda de ingressos para relembrar a quem não pertence, como coexistir em alteridade. Há espaço para isso na roda.

“O samba é um sistema de organização do mundo.” — Simas

Exportar nossa festa, nossa cultura, nossos corpos, tem preço.
Na soma dos detalhes, tem sempre um calor que o festival gringo quer barganhar.

🧨 O projeto de aniquilação e a branquitude confortável

Pra seguir por aqui, é preciso mais que esperança.
É preciso lembrar que nas brechas de um projeto de horror político-cultural, existe força na reconstrução do sentido de vida. Assim, obrigada a quem mantém nossas rodas por aqui.

“Como, diante de um projeto de morte, é possível tanta vida?” (SIMAS)

Aí vem o caso que me entristece por não ter agido mais. Senti real que não tive voz para falar. Vi debates como no grupo de mulheres do audiovisual de Portugal e não me sinti pertencente, muito menos com a energia suficiente para escrever ali a minha opinião em brasileiro. Assisti até onde eu aguentei e não foi longe o desenrolar do debate. O debate era em torno da série da RTP "Contado por Mulheres" que anunciou uma segunda temporada.

“consiste em telefilmes realizados por diferentes mulheres, com o objetivo de dar voz a talentosas realizadoras e promover histórias contadas sob uma perspetiva feminina. O projeto pretende ainda corrigir um desequilíbrio no mercado audiovisual português, onde a presença feminina na realização é menor.”2

Porém, tanto na 1ª temporada quanto agora no anúncio da segunda são todas mulheres cis e brancas.

E o que percebo é aquele ritual que aprendi lendo sobre os feminismos brancos ao longo da história. Que as mulheres brancas ainda se sentem no direito de achar que alguma coisa para elas é melhor que nada para todas. O que dá aquela sensação nervosa não só de déjà-vu, mas de um “na volta a gente compra” — deixa eu primeiro conseguir isso aqui na cadeia de privilégios e depois a gente chama vocês. Aguardem. Logo, quem sabe na terceira, na quarta ou na quinta temporada a gente faça uma “Contado por Mulheres Pretas”, “Contado por Mulheres Trans”. Mas primeiro “nós as brancas” precisamos garantir ter esse espaço “nosso”.

O que é uma grande loucura: mais uma vez nós, as brancas, nos acharmos igualzinho aos machos brancos, o centro de narrar o todo, o universal. Não é novo. Qualquer livro da fase 1 da bell hooks ou da Angela Davis ajuda a engatinhar no feminismo interseccional. Bora colega, me dê a mão.

Mas com glória, a discussão de uma série que traz 20 mulheres brancas teve enfrentamento das mulheres não brancas e também dos humanos que olharam isso com mais que espanto e menos silêncio que eu.

Porque afinal: estar presente sem estar, sem poder contar, sem sentir acolhimento no grupo e whatzapp que grita também mulheres, mas exala: mulheres brancas e portuguesas, é o que mais uma vez emudece. Reclamar o nosso direito a reclamar esses conflitos, num país que também não permite que estrangeiras captem recursos para o audiovisual, alegando que não seria filme nacional feito por estrangeiros residentes no país (mas as coproduções com frança e brasil estão liberadas) me leva aonde?

🇺🇾 O futebol me responde de novo

Para o futebol, mais uma vez.
Um dos grandes ídolos do meu time hoje é o Arrascaeta, ele é do Uruguai.
O Sporting, time campeão de Portugal hoje, tem como seu grande ídolo um sueco.

No mundo dos esportes — e também da ciência — a fuga de cérebros e talentos é muito comum.
No universo do futebol, por exemplo, diversos jogadores estrangeiros se naturalizam (ou seja, viram nacionais de outro país) para representar seleções ou facilitar transferências em campeonatos que limitam o número de estrangeiros.

🇧🇷→🇵🇹 Pepe
Naturalizado em 2007. Jogou quatro Copas por Portugal. Ídolo no FC Porto e na Seleção.

🇧🇷→🇵🇹 Deco
Naturalizado em 2003. Jogou Eurocopa e Copa do Mundo. Ex-jogador do FC Porto e Barcelona.

🇧🇷→🇮🇹 Jorginho
Fez gol no último jogo do Flamengo e também foi naturalizado italiano. Campeão da Euro 2020.

🎭 Agora, transfira esse conceito para as artes

Nas artes, a atriz cabo-verdiana que imigrou com a família para Portugal (e hoje também portuguesa) Cléo Diara, na entrevista ao podcast A Beleza das Pequenas Coisas, narrou que depois de ganhar o prêmio de melhor atriz em Cannes esse ano, ouviu o pedido de uma senhora portuguesa:
“Deixa esse prêmio ser um pouco nosso também.”

Deixa eu vie se eu entendi… os imigrantes, as mulheres racializadas, podem virar portuguesas e carregar a contação de histórias... depois, né? Depois que ganham os prêmios e a eurocopa. Até lá, é fila na AIMA, desinformações, cartinhas de expulsões e pânicos aguentem firmes meu futuro povo.

Porque isso para nós, imigrantes, não é uma questão sobre o que fazemos em conjunto com a nossa cultura diaspórica e a cultura local: somos o misto. Mas vocês entendem que para o país que recebe a imigração, também deveria ser?

Golden visa de artista, golden visa de jogador: diga quantos prêmios você vai representar para o país, mesmo a gente não investindo em você durante anos, que vamos te dizer para quem vamos seguir dando o dinheiro público para contação de histórias.

A grande promessa do futebol hoje é o mix do que não querem de imigração na europa o incrível Lamine Yamal, nascido em Barcelona, pai marroquino, mãe da Guiné Equatorial. E escolheu jogar pela Espanha. E tá aí valendo os tais milhões de dólares antes dos seus 20 anos.

Mas é isso né, futebol > artes. Só que pra quem vem com a mesma referência que eu: futebol é arte ;)

🥋 Drible e samba: fundamento de vida

E não, não se iludam, eu não sou entendedora de futebol. Sou uma ótima é torcedora, eu grito, sei cantar, bato palma e xingo tudo que precisar.

O que eu gosto no futebol, além de tudo, é o que é reconhecido como o “futebol brasileiro” a arte do drible:
a ocupação do espaço vazio para ter jogo.

Fundamento que também constrói o samba e Simas explica em sua extensa produção literária.

Samba de compasso binário.
Simas compara, em suas obras, o nosso drible com o samba —
que acontece entre o espaço vazio e o outro.
Preencher o espaço vazio com imprevisibilidade.

O drible. A cultura de rua.
Construir a vida diante de projetos de aniquilação.

⚠️ Mitos da sororidade

Essa minissérie "feminista" só com mulheres brancas?
É um projeto de aniquilação simbólica.

Se em 2022 eu não acompanhei e não sei o quanto de reverberação isso teve, aparentemente repetiram e dobraram a aposta: de 10 brancas, agora 20. Que bom que em 2025 está tendo debate público e espaço de pensamento crítico de todes.

Vi comentários como:
“Reclamar disso é ser precipitada.”
Precipitada pra quem, cara branca?

Um dos mitos mais cruéis que nos contamos é o da sororidade universal.

É preciso muito drible pra preencher de arte.
Pra poder ter tempo pros tais detalhes.
E quem sabe fazer parte da trend:
“Como estar atrasado na sua vida se a vida é só sua?”

Quem dera. Mas podemos não estar atrasadas então para coisas que não são sobre a nossa própria vida, como os debates de 2025 com cara de anos 2000.

🪞 Identidade e alteridade

As identidades fixas não dão conta do presente.

Simas nos convida a pensar a identidade a partir da alteridade:
o que nos identifica é aquilo que nos altera. A ideia de que você só se constitui como ser estando em disponibilidade para o exercício da diferença. Aquilo que em você eu não tenho, mas posso ter. Aquilo que em mim eu tenho, e você pode ter.

E privilégios sempre doem de perder.

Mesmo porque, pela primeira vez, entendo: foi a única chance, se pá, dessas mulheres contarem mesmo suas histórias. Em 2025. E é a primeira demanda de conteúdo reconhecida feita por mulheres.

Mas o famoso: foda-se, né? Isso não pode ser desculpa de aniquilação porque já é brega até usar os mesmos recursos anos e mais anos. Galera precisa pensar e debater se o lugar do feminismo branco vai ser mesmo esse (de novo): de substituir os espaços dos homens e ponto. CEO de empresas, vestindo terninhos. Ganda meta.

Vou recorrer ao Fanon

Simas nos recorda que Fanon, em Peles Negras, Máscaras Brancas, fala uma coisa muito simples que a gente esquece:

O racismo não opera só na dimensão da cor da pele.

O racismo que opera na dimensão da cor da pele é o que me protege, porque eu sou branca. É o que protege as 20 mulheres escolhidas para fazer a série — que são brancas. É uma forma horrorosa e infame de manifestação do racismo.

Fanon chamava atenção para o racismo que opera no campo simbólico:

Você pode não ser racista em relação à impressão da cor da pele,
mas se desqualifica elementos das culturas não brancas como pitorescos ou inferiores —
mesmo que jamais vá admitir — você está operando na dimensão do racismo.

Se, por alguma razão, você acha que as culturas não brancas não foram capazes de elaborar soluções sofisticadas de mundo — ontologias, cosmologias, epistemes, tecnologias audaciosas, roteiros, filmes —
e não as escolhe como representativas da sociedade, você está sim na dimensão do racismo.

Não tem como.

Não adianta dizer: “a biologia prova que raça não existe.”
Tem que dizer isso para o policial que entra no ônibus pra ver quem está ali dentro.
E para os executivos que não repararam — ou nem sequer se espantam — com tanta genty branca na mesma foto de equipa.

E eu só posso falar disso aqui ou em qualquer lugar porque estou dentro da perspectiva da minha proteção:
a cor da minha pele.

✦ Ampliar repertório

Sei que de boas intenções o tal racismo estrutural anda cheio.

Meu desejo é que possamos, todas nós produtoras, agradecer o auxílio que a alteridade nos proporciona, o debate público (sem linchamentos e culpabilizações), e criar os dribles que almejamos.

Todos nós que criamos para fora, para o público, vamos atrás de dinheiros públicos, dependemos de políticas públicas — e precisamos resistir, sobreviver, atravessar.

Tô na esperança dos bons frutos que toda essa algazarra traz.

💡 O caminho? O drible, sempre

O caminho, acho, é sim encarar o nosso horror.

Não romantizar a “vida artística livre” em contextos opressivos.
Lembrar que os atrasos também são frutos de “impossíveis”.

Não esquecer: o corpo e a identidade são territórios políticos.

Seguimos aqui: valorizando as brechas, os dribles, como espaço criativo, a dúvida, o não saber, o ir atrás.

Entender que podemos encruzilhar essas experiências.
Somos laboratórios de conceitos e pensamentos que se cruzam.

Talvez você também esteja, assim como eu, com o coração inquieto, lotada de medinhos de botar a cara a tapa e expor sua arte.

Acha que foi fácil a coragem de publicar a carta de hoje quase sem me censurar plenamente?

Mas acredito que é sobre o não desistir da sua prática, muito mais que somar os detalhes.

É ultrapassar o medo —
pois é claro que vai ter erros, acertos, vergonhas,
necessidades de pedidos de desculpas — públicos ou privados.
Síndromes e mais síndromes.

Toda semana chega essa carta,
que com certeza tem muito mais erros do que os de ortografias e concordâncias.

E voltando àquela frase:

“Como estar atrasado na sua vida se a vida é só sua?”

Aaaa, meu bebê…
vou até terminar a carta pra atualizar a lista dos atrasos —
que segue lindíssima, repleta, colorida.

Muito obrigada por ter chegado até aqui.
E se essa carta te tocou, compartilha, comenta, cutuca.

Mas olha… não faz como uma humana fez semana passada não,
que me mandou um EMAIL dizendo:
“CANCELE minha assinatura!”

Poxa, quer cancelar, cancela, claro.
Mas quer me escrever pra EU cancelar algo pra você? Jura?

Tô aqui batucando os neurônios bem versão Divertidamente ;)

Espero te ver na próxima carta.

Com carinho e energia,
Chaiana Furtado 💜
Beijos de #FocanaLuz ✨

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📚 Estudar é preciso

Dica semanal de leitura, escuta ou observação para ampliar o olhar artístico/político.

Sugestões dessa edição:

💥 E, pelo amor: quem ainda não leu, faz favor:

  1. O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras – bell hooks

  2. Pode o subalterna falar? – Gayatri Spivak

  3. Peles Negras, Máscaras Brancas – Frantz Fanon

  4. Quem Tem Medo do Feminismo Negro? - Djamila Ribeiro

Além disso, achei essa pesquisa de mestrado belíssima feita na UFBA, da pesquisadora Nina Graeff (se alguém a conhecer, manda meus parabéns), enquanto escrevia essa carta: "Os Ritmos da roda: tradição e transformação no samba de roda" É muito bom quando a academia, suas teses e pesquisas, encontram a vida. <3

🧩 Cartografia Cultural

Espaço com notas sobre cultura, políticas públicas, causos e contextos do mercado da arte e do audiovisual. Tudo aquilo que não coube na cartinha, mas merece relevância!

↳ Fluminense x Inter de Milão

  • O Fluminense, time carioca, trouxe ontem a coisa maravilhosa do esperançar, do tal futebol que não desiste.

  • A sensação de que jogo é jogo, treino é treino, o jogo só acaba quando termina.
    Ganhou do vice-campeão da UEFA.

  • Tô feliz mesmo sendo Flamengo, gostamos dos driblês ;)

Que mulheres?

  • Para quem quiser se aprofundar ou acompanhar de perto, aqui estão os pontos principais do assunto:

  • Salta à vista que nem uma das mulheres escolhidas para ambas as temporadas do projeto é negra ou racializada, uma mulher com deficiência, ou uma mulher trans”, — trecho da carta aberta dirigida à Ukbar Filmes, à RTP e às 20 realizadoras que integram o projeto.

  • Estará a Ukbar Filmes disponível para assumir a falha e tomar medidas com vista a corrigir os moldes de produção da segunda temporada e das seguintes?
    De forma a refletir a pluralidade das mulheres artistas em Portugal?

  • “As signatárias afirmam que a exclusão é deliberada e estratégica, uma escolha política que perpetua uma visão limitada sobre quem tem legitimidade para narrar o país.”

  • Fonte: Afrolink.PT; Bantu_men; Público; Carta na íntegra

    A post shared by @bantu_men

📖 ABC do Artista

Glossário de sobrevivência artística: Porque nomear também é construir mundo.

D de “Drible”,s.m.: ocupar o espaço vazio com invenção; ação de enganar, escapar ou ultrapassar um obstáculo utilizando movimento improvisado, intuitivo e estratégico; fundamenta-se em variáveis como: equilíbrio, improviso, velocidade, mandinga, respiração, e capacidade de lidar com o imprevisto; inventar caminhos onde há bloqueios; fazer do corpo e da arte um só movimento que ginga, escapa, avança. ação exercida visando ludibriar um oponente;


☎️ Chamadas abertas em destaque 💥

📍julho
06/07 - 𝗙𝗢𝗜 𝗔𝗤𝗨𝗜!: Residência Artística
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15/07 - FESTIVAL SDM 2025: Festival de arte e cultura
16/07 - 3.ª edição do Programa RESTART da FCT: Projetos de investigação
24/07 - 5ª Edição do Festival Linha de Fuga: Convocatória para curadoria dança e performance
25/07 - Reclamar Tempo – 6ª edição : Programa de apoio à investigação artística
25/07 - INATEL Frequência 440: Projetos musicais emergentes em Portugal
31/07 - Mostra Nacional Jovens Criadores 2025: Artistas até 30 anos
31/07 - Aerowaves 2026: Seleção de 20 coreógrafxs emergentes
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