Para bom entendedor meia-palavra basta, mas para o Chat GPT é preciso uma avalanche de reticências no trilho descarrilhado da desinformação.
Quero cruzar pormenores, miudezas, fofoquitas, malemolências da memória (não tão sagaz assim) da jovem-eu que recolheu umas coisinhas essa semana. Bom, eu sempre faço isso: rendas. Recebi o vídeo da primeira ultrassonografia de uma amiga que está grávida. Aquela 1ª vez que se escuta o coração do feto e nos emocionamos no primeiro tum tum tum.
É o som da palavrinha tum que carrega essa emoção?
E a gente lembra: que o nosso corpo é capaz de carregar outro corpo. Nossas relações são múltiplas e…
antes de ter pulmão, temos o coração.
O tal órgão que saiu do corpo para ser entregue ao outro em poemas de amor, declamando eternidades. E que o coração tem ritmo, que faz “turu turu aqui dentro” quando o ser amado passa e teu olhar é capaz de “devorar” cada sentimento. [Ler com a vozinha da Sandy & Junior na cabeça, por gentileza].1
Entre os ritmos – do turu turo, do pensar, do cantar, do gritar – devorei sentimentos na solidão e mastiguei pedacinho por pedacinho para entregar de bandeja as elaborações sobre esses processos para vocês, meus artistas.
Tem os 3 FFF2 do mundo creative, e aí tem meus 3 PPP:
Poemas, Pomodoros e as Pausas.
Semana passada falei da importância que tem sido para mim o método Pomodoro, que nada mais é que DAR PAUSA x TER FOCO, para reavaliar meus tempos de trabalho ao longo do dia e me perceber diante da lista de tarefas que inventei para mim mesma.
Eu, como ex-fumante, costumava me achar mais focada e mais produtiva entre os intervalos do cigarro. Fora a convivência do “bora ali, amiga, fumar um cigarrinho”. Hora da fofoca, do convívio e, contraditoriamente, a hora de “ir lá para fora” e sair também da minha cabeça estava vinculado ao hábito de fumar. Que merda.
Agora, na versão home office, é a pausa do despertador do app, depois dos 25 min de concentração, que me tiram da tela e da bunda grudada na cadeira — e me mandam ir lavar louça, ir beber água.
Ir beber água virou uma grande função pela tentativa de deixar longe o essencial, para não ter comida, água, mesa, afogamento de lista que me fazem não levantar da cadeira e ficar prendendo xixi.
Vai entender nossos funcionamentos.
Todo esse lindo preâmbulo pra te perguntar:
O que é que faz a gente humano? Não é uma das tais grandes perguntas que a gente está sempre respondendo quando trabalhamos com processos artísticos?
Pros poetas, geralmente, é a poesia.
Para mim, é a capacidade da palavra criar narrativa coletiva.
E pra você, o que será?
Gregório Duvivier, no episódio de podcast da Revista Gama3, descreve que
"A poesia é tudo aquilo
que a inteligência artificial
não é capaz de fazer."
Isso me travou, porque... tenho visto minha rotina cada vez mais invadida por IA, assim como tu.
A bolinha do IA no WhatsApp me enlouquece.
E a inteligência artificial não usa nada de novo.
Por definição, usa coisas que já estão prontas e transforma nossos pensamentos do inconsciente coletivo no liquidificador de si.
E um si sem corpo, sem tum tum, que jamais vai cantarolar ou bocejar vendo outro turu turu de boca aberta.
E eu tô com medo de ter virado uma IA de mim mesma. E sua.
Achei um texto meu de 2007 dentro de um livro, quando eu rasgava folhas, escrevia e enfiava em livros aleatórios da estante como um recado à Chaiana do futuro. Ontem veio esse, quando eu já tinha decidido o tema da newsletter de hoje. Então interpretei como um “sinal”, os tais sinais de fé da excentricidade (ou no dito popular jovem mística: fé nas malucas!) O papel era do dia do meu aniversário de 19 anos, em que eu escrevi que tinha medo de precisar de uma máquina que me fizesse sentir menos para poder existir. O drama adolescente não mudou nem uma vírgula e eu nem sabia que teria um iPhone nas mãos, com o Chat GPT à disposição para me dar receita de bolo de banana com aveia, porque sou incapaz de decorar a quantidade de ovo.
E a minha incapacidade está justamente porque tenho a capacidade de ter um smartphone, eles dizem.
E, real, me deprimo quando peço receita de bolo de manhã para um telefone, sozinha na cozinha, lembrando dos ARMÁRIOS que mamãe tem de LIVROS de receita escritos À MÃO, que ela recortava de revista ou trocava receitas em papel, e não gostava de me deixar folhear:“VAI ESTRAGAR, CHAIANA!”
Lembro também do livro da Isabel Allende, Afrodite4, e penso: meu Deus! Os sabores da IA são reais. Péssimos. Cada dia mais irritada com o Chat GPT, e ele me perguntando: “Essa personalidade, você gosta?”
Esse bordel que a gente faz, esses sarapatéis (tem plural? sarapatel?): da ultrassonografia, com o podcast, com as vozes sinaléticas da nossa cabeça, os livros da mamãe e um papel achado dentro de um livro de 2007…
E com todo esse processo completamente baderneiro que cada um vai chamar de processo de criação, de inconsciente, de rebuliço, de simbolismo, assombro, alumbramento, aos sonhos, às surtações dentro e fora da nossa cabeça que somos capazes de chamar de arte. Arte de edificar, arte de pesca, de raciocinar, arte náutica, artefatos e o ser arteiro da artéria que tem coração.
É o que faz a gente um pouco mais humano. E claro, artista.
A inteligência artificial faz as coisas rápido.
E a gente humana não faz nada rápido.
Infelizmente, também não levanta dinheiro rápido para um projeto que borbulha em nós e pede passagem.
E eu, como produtora, tenho a triste missão de informar aos artistas: tempo, precisa do tal “amadurecer”.
E às vezes, não é a ideia: é a banana da ideia. O Chat GPT não vai resolver.
Não é humanamente possível elaborar sentimentos, fatos, cheiros, acordes, transcorrer uma música e ainda cumprir o tal edital de criação artística que nos pede um cronograma de:“Quanto tempo você vai levar para criar um álbum novo?” Vontade de escrever: NÃO SEI, QUERIDO JÚRI. Qualquer coisa que diga que, em três meses, numa residência, vão sair dez músicas ótimas: É MENTIRA!
Mas o mundo quer mentira. Também. E não só.
Também quer a elaboração minuciosa da sua verdade.
Como aqui estamos positivas essa semana, vamos com a tradução:
O mundo quer narrativas que contemplem: o drama de existir; o drama de caber; receita de bolo coletiva...para mastigarmos os processos de forma elaboradamente coletiva.
Deu para perceber?
O mundo quer: linguagem.
BANANA é banana mas deixa de ser banana quando está pendurada com fita na parede de um museu. Porque o símbolo geração pop art, entre tantos outros simbolismos, é: uma banana. Quem é artista, come banana, pinta, desenha, chora, descasca, estuda e vai entender a história da banana na arte moderna: do prato de comida à obra de arte caríssima, uma pesquisa de…
Aqui,
eu estou sempre demorando. Atrasada.
Com medo justamente de deslizar na casca de banana que os desenhos animados me ensinaram, tipo quando o Pernalonga tenta correr, desliza e quebra a cara na rua.
E quanto mais sozinha no trabalho, mais coisa e compromissos eu tenho, e mais atrasada eu fico. Tô presa nessa rodinha do caos da “independência” artística.
Se só depende de mim, o meu “mim” que ovula às vezes acha que dá conta de tudo e depois chega a TPM e reclama porque não tem tempo de ler mais livro de romance só pelo único motivo que seja: ler, e não aprender nada de novo.
Porque o meu “mim” não consegue mastigar e digerir ao mesmo tempo. CADÊ O DESCASCADOR DE BANANA PREMIUM DA VIDA ADULTA QUE ME PROMETERAM?
Eu uso bastante inteligência artificial.
Tenho ótimos aplicativos, que têm me ajudado bastante a resumir reuniões, a resumir os textos dos PDFs dos projetos, corrigir a ortografia desses textos aqui, mas Se nas primeiras newsletters eu perguntava pro Chat GPT o que ele achava E vinha isso aqui: “Newsletter ou ensaio? Alguns trechos são quase um livro. Isso é lindo, mas talvez pedir demais de um leitor semanal. Um pouco mais de pausa e sessão ajuda.” Nas últimas, o comando é: "Corrija apenas ortografia. Me aponte meus erros de gramática e não altere meu texto." Aí ele devolve, e eu vejo que alterou e eu coloco: "NÃO GOSTEI! PARA DE SUGERIR MUDANÇAS QUE EU NÃO PEDI!"
Mas a releitura dele me influencia. O “é lindo, mas” que saco!
Eu queria ter um corpo outro ouvindo e incorporando a palavra.
Eu ando pedindo demais de um leitor semanal? Pedir um corpo ressonante? O que queremos com nosso trabalho além do sucesso, red carpet, beleza, fama e dinheiro? É a sorte do amor tranquilo? E eu não acho que é isso que a gente quer ter.
Eu acho que o grande desafio
é se manter humana.
Humana dentro do ser gente.
Humana entre as nossas relações.
Humana entre os nossos trabalhos.
Humana entre nossos relacionamentos amorosos e de amizade.
Abraçadinha no choro da nossa solidão, morando dentro da nossa cabeça e aguentando respirar para realojar ali tudo, sem fingir que temos um inconsciente capaz de se autoregular sem ajuda do outro.
Amortecer os sonhos que incompreendemos com as drogas sedativas.
Cortar caminho com gotinhas que não sejam dos 3L de água diários, que vão fazer a gente ir mais fazer xixi, logo lembrar que somos humanas, logo trabalhar menos. #BebaÁguaTrabalheMenosFaçaMaisXixi
O Céu da Língua
Na outra semana, fui ver a peça do Gregório Duvivier, O Céu da Língua.
Acabou a peça, aplausos, plateia se movimentando pra porta e eu: parada.
Chorava, parada.
Sem ter formulação de linguagem sobre uma peça sobre a palavra.
Afetada pelo fato de que eu chorava, chorava, chorava…
A gente nunca sabe o que é que uma peça, uma obra de arte, alguma coisa vai dialogar com a gente nessa dimensão, nesse tamanho.
É A GRAÇA, vim te lembrar.
Somos humanos e conectamos com bananas em capa de vinil,
vemos nomes em placas de carros
e carinhas em manchinhas de madeira.
Nos apaixonamos por cheiros de suor.
É difícil a jornada surrealista da existência.
As costuras, pra mim, que o Gregório traz… são com a língua.
Obviamente, assistir em Portugal “trouxe outra camada” ao debate (pra usar a expressão da moda) e aqui foi quando eu descobri que eu não falo português, mas brasileiro. Ver aquele homem miúdo num palco gigante, com palavras de todos os tamanhos em volta dele preenchendo o palco…
Pegou onde?
Na minha humanidade.
Meu namorado gringo que entendeu nem metade da peça,
e eu, iludida, achando que por ele ser fluente em português ele seria fluente na dimensão das palavras no corpo que me mantêm viva.
No. Não. Niente. Nadica de nada.
A gente sonha que o outro vai entender nossa forma de comunicar.
Sai da peça chorando — e ele me olhando com respeito, mas com aquela cara de puta ideia:“Por que você tá chorando com palavras? O que será que foi dito aí que non ho capito?” [claro que ele não falou isso, mas inventei]
Coloquei ele na experiência outra da percepção estrangeira da plateia que gargalhava em momentos entre brasileiros × portugueses × cariocas como Gregório × outros sotaques × sarapatéis. Todes rindo. E meu italiano, rindo nunca. Mas atencioso ao máximo para escutar coisas que não vêm da fala, vêm da tal:“minha pátria é a minha língua.” Perdão, amor. Porque lembrei que eu morei em Londres e quis fazer arte também… em outra língua. Estudar em outra língua. Máximo respeito a quem faz terapia em outra língua, escreve em outra língua, amam e inventam um repertório ainda mais complexo de dimensões de conceitos nos afeto.
Contudo, entretanto, assim, mergulhar em uma palavra é território tão desconhecido que dá medo de vir aqui e dizer: quero ser escritora.
E não é porque eu acho que não sou.
Mas porque, para ser alguma coisa verdadeiramente no campo artístico, exige saber que você pode se afogar no mergulho e vai ter que aguentar ficar ali: parada, imóvel, sozinha e sem ar. E morrer. E eu ainda não me vejo um peixe morrendo pela boca.
Embora me reconheçam na existência, por ser serva da oralidade.
Falo preenchida com gosto. Amo mesmo falar.
Desde que seja alto, cheia de ar e sufocamentos de vergonhas.
É sobre a gente ter um poder maior de referenciais. Das palavras.
De reverenciar elas, seja na comunicação, seja na ideia de sermos brincantes. Duvivier vai falar que a gente deveria fazer mais gastronomia com as palavras.
Como se o alimento só servisse pra manter a gente vivo
e as palavras servissem pra conseguir coisas, comunicar efetivamente.
Mas ele diz: As palavras são uma das poucas coisas que a gente ainda pode usar e que não nos são cobradas. Ainda são livres.
E mesmo assim, a gente está entregando isso pra inteligência artificial por vários motivos. O maior deles, talvez: a falta de tempo.
Mas o meu motivo triste de usar tanta inteligência artificial…é estar sozinha.
Eu adoraria ter uma editora no Se Organiza, Artista! Que eu pudesse entregar os textos, que a gente trocasse sobre a ideia da semana, conseguisse aprofundar, rir, questionar.
A palavra no corpo do outro.
Com sotaque, com peso, com dor.
Alguém corrigisse meus erros de português.
E ali a gente debatesse o poder das intenções, o sentido que eu quis dar àquela palavra, e a gente trocasse, aprendesse, desvendasse esse processo junto. Mais amigos tomando café e trocando angústias.
Mas não. A troca que eu fiz foi comigo. O desafio que eu me criei foi entregar toda semana uma coisa que eu sou praticamente incapaz de fazer pelo simples fato de que é impossível.
Manter o nível de profissionalismo e profundidade de um projeto, onde eu divido com vocês as trocas que acontecem na semana, os processos que eu estou estudando, que eu estou lendo, o que que eu estou investigando…
Num nível de qualidade que eu pretendo alcançar mas que é tão enorme, que eu não consigo sozinha.Embora eu tente demais. A tradução rápida em elaboração constante, pra ter um ritmado de tunti tunti que seja cadência para os artistas que queiram continuar inventando.
No lema de quem segue tentando, segue conseguindo.
Responder o que os editais pedem, as burocracias,
sem perder nossa genialidade que é a humanidade.
✦ Quantas palavras do seu vocabulário estão mesmo no seu corpo?
Se não dá pra ter tudo agora, que sejamos humanos. Com erros de digitação, correções em cima da hora, textos oralizados e indagando: “Será que eu tô apaixonada?” quando essa pergunta só chega justamente quando já estamos, e temos o frio na barriga que voam junto com as borboletas no estômago.
“Será que sou artista?”
Responde o sim
e vá voar em queda livre, sabendo que, por acaso, a única certeza
é que não há chão nem fundo de vale para pousar.
A sensação de queda ou de voo é variável
mas estará sempre lá.
📚 Estudar é preciso
Sugestão da semana:
📖 Dicionário analógico da língua portuguesa – Ideais Afins / Thesaurus
Enquanto seguimos sozinhas por aqui, além da IA, existe aquela coisa antiga chamada: livros. Minha mesa vive coberta de papéis coloridos com a minha letra.
E entre eles, meu favorito: esse dicionário — cheio de metáforas, ditos populares e associações inesperadas. Achar uma palavra ali é uma caça. Uma paciência. Um desvendar. A organização não é alfabética é por sentido.Ter dicionários analógicos é criar nuvens simbólicas além do uso comum da linguagem. Isso te ajuda a existir, traduzir e não pasteurizar seu projeto na hora de escrever para os editais. A IA vai triturar sua humanidade e um curador atento percebe o padrão. Faça isso por você. Pela sua linguagem. Pela teu projeto
Dicionários analógicos são os 3L de água do artista.
🗣️ Pra quem não quer perder a palavra de vista:
Sou fãzoca, tieta, tifosa dela (como vocês sabem) e ela tem newsletter aqui no Substack. Na última ela abre com:
“Uma velha é: COROCA | Ninguém sabe muito bem o que significa “coroca”. Mas não importa, nem precisa saber. “Coroca” é daquelas palavras que são onomatopaicas mesmo não sendo. “Coroca” é uma coisa ruim por si mesma. Ninguém quer ser “coroca”. Se, por exemplo, você me pergunta: “foi bom lá na praia?” e eu respondo: “ah, coroca”, você já vai entender. E, além do mais, “coroca” é um adjetivo (que, aliás, de tão ruim que é, já virou substantivo) que só se usa para mulheres velhas. Já ouviram um velho ser chamado de “coroco”?”
Fica a dica do espiem as palavras.
Ler, ouvir, dançar, roçar língua com língua: Língua, Caetano Veloso <3
Livro - Afrodite Contos, Receitas e Outros Afrodisiacos, Isabel Allende
🏹 #SeInspiraArtista
Foi cheio de bananas rá! Das clássicas referências não surpreendentes edo Andy Warhol, ao italiano Maurizio Cattelan, ao Stephan Brusche transforma bananas em pop arte. Para o IA, banana é só banana.
🔦SOS da semana
Pra você que anda escrevendo e adjetivando seus projetos como “inovador”, “único”, “revelador”, “atravessamento”, “cruzamento em diálogo”, “pós-moderno” e “perspectiva decolonial” de forma tão abrangente que pode soar... vazio: deixo um trecho da Noemi pra lembrar da importância dos amigos adjetivos e de melhorar nossas receitas de bolo misturadas com IA e nossos caprichos humanos ao entregar nossos projetos ao mundo:
"Do que que a gente lembra de alguém que morreu? Não é, certamente, do gosto pela cozinha ou da teimosia. Isso é entendiante. O que nos faz lembrar dela é como ela preferia Óleo Maria a qualquer azeite extravirgem. Era mais barato e, para ela, qualidade era sinônimo de preço. Como ela agitava o corpo e gargalhava, quando, para misturar o baralho, eu pedia “mexe, mãe”. De que outra forma posso fazê-la viver de novo, senão ao lembrar que ela colocava mais chocolate no rocambole que fazia só para mim e que ela sempre me deixava comer dois pasteis de queijo na pastelaria, depois de assistirmos ao Tom e Jerry na matinê do Cine Paisandu? Dizer que ela foi uma boa mãe, generosa e paciente, é como categorizar num arquivo, ou taguear a pessoa. Generosa e paciente é a conclusão abstrata de uma ação e o que importa, numa pessoa e em nossos afetos por ela, o que importa nos livros e nas histórias não são as conclusões abstratas, mas a
A
A
A
Adivinhou?
(aqui eu queria muito fazer um teatrinho em que atuasse como apresentadora de um programa de televisão. Nesse momento, eu pararia tudo e perguntaria à plateia, embevecida: Adivinharam? Querem apostar? Ao que o público levantaria as mãos e eu daria dez chances. As pessoas diriam: 1) a ação 2) a pontuação 3) a narração etc. E eu diria, como o Silvio Santos: “a resposta está E, E, E.....Errada!
Até que alguém finalmente diria:
A nuance!"
Noemi Jaffe no "Jogo da Velha 19: coroca, verruga e coitado do Batman"
🌪️ E é isso. Chegamos ao fim da cartinha dessa semana.
Muito obrigada por ter chegado até aqui.
Somos esse ser monstro expandido das revoluções tecnológicas em disputa do quem usa a IA nas artes da forma mais humana possível?
Qual é a sua opinião? É preciso pensar. E ter o que? Tempo.
Talvez eu queira também ainda a máquina de pensar. Uma máquina que pensasse no meu humano. E toda terça, aqui, me sinto assim com essas cartas: investindo numa máquina de pensar. Um espaço onde não deixaremos por completo de sermos humanos.
Espero te ver na próxima carta, com menos peso no peito, mais ação nos afetos
e uma rotina que respeite o que realmente importa: a vida que você ainda pode viver.
Com carinho e energia,
Chaiana Furtado 💜🍌
Beijos de #FocanaLuz ✨
☎️ Chamadas abertas em destaque 💥
📍julho
15/07 - FESTIVAL SDM 2025: Festival de arte e cultura
16/07 - 3.ª edição do Programa RESTART da FCT: Projetos de investigação
24/07 - 5ª Edição do Festival Linha de Fuga: Convocatória para curadoria dança e performance
25/07 - Reclamar Tempo – 6ª edição : Programa de apoio à investigação artística
25/07 - INATEL Frequência 440: Projetos musicais emergentes em Portugal
25/07 - Uma só Palavras: Residências Artísticas
31/07 - Mostra Nacional Jovens Criadores 2025: Artistas até 30 anos
31/07 - Aerowaves 2026: Seleção de 20 coreógrafxs emergentes
31/07 - Edição da Mostra de Autores Desconhecidos: Enfoque em criadores residentes em áreas desfavorecidas e pessoas com deficiência
31/07 - AUDIOGEST – Internacionalização e Exportação da Música Portuguesa: 2ª fase
31/07 - CML - ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNICÍPIO DE LISBOA / (RAAML)
📍agosto
31/08 - Laçzos Artísticos – Bolsa de Mobilidade Internacional
Monte sua agenda de interesses e prepare-se com calma, fé e sem desistir.
Todas as chamadas, editais e recursos estão aqui:
👉 https://bento.me/seorganizaartista
Sandy e Junior - “Quando você passa - (Turu turu)”
FFF - Friends, Family and Fools: O termo "ações de amigos e familiares" refere-se às ações oferecidas por uma Startup a amigos, familiares ou outros associados dos executivos da empresa. Estas ações são geralmente uma das primeiras fontes de capital para uma jovem entidade empresarial.
Gregório Duvivier: investigar palavras - Podcast da semana
Livro - Afrodite Contos, Receitas e Outros Afrodisiacos, Isabel Allende
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